Agora que a poeira sentou um pouco
posso enfim me posicionar sobre Porto Walter. Sei que os amigos (e os inimigos, será que os tenho?) andaram
buscando insistentemente neste espaço alguma frase, uma linha que fosse, algo que
demonstrasse o meu juízo de valor sobre as prisão do prefeito acusado
de várias ilicitudes.
Quatro décadas vividas não me permitem
mais julgar com a emoção.
Sou portuwaltense e por isso mesmo
poderia julgar. Entenda como quiser, me acuse de pedantismo, mas preciso
informar aos desavisados que ninguém conhece mais a história de Porto Walter do
que eu. Que ninguém conseguiu juntar mais informações, mais fotos, mais
documentos (sobre os mais variados temas) que eu consegui juntar em mais de 14
anos de pesquisa.
Que ninguém conseguiu entrevistar mais
pessoas, alguns hoje já falecidos (de quase todas as principais famílias que
povoaram a localidade desde os primórdios).
Eu conheço a história familiar de quase
todos os "donos" de Porto Walter. Desde os "santos" até os
"mercenários". Portanto, como descendente de família pobre, não me
peçam para dar nome aos opressores, nem descrever suas práticas. Não por
enquanto...
Devo informar também, que ninguém sente
mais saudade de casa... Que na Porto Walter dos meus sonhos de adolescente
ninguém se ensoberbece, ninguém precisa ter patrão e os roçados, as matas e os
lagos proverão nossas necessidades. Nela não há fazendeiros, não há mais-valia,
não há subserviência, não há vilipêndio.
Por isso me amparo no direito de não
julgar, sem contudo deixar de alertar aos incautos.
Normalmente nos momentos de angústia,
como os de agora, o povo resolve dispersar ou trilhar caminhos conduzidos por
líderes inescrupulosos. Meu comentário é direcionado ao futuro, por isso o
título GRANDES TEMPORAIS SE ANUNCIAM COM UMA LEVE BRISA.
O futuro de Porto Walter (se tudo
ocorrer como esperam os "salvadores da pátria" ou os
"santos" de agora) pode ser ainda pior e o temporal de agora poderá
ser comparado a uma simples brisa. Tomara que não.
O que me assusta é que a massa indefesa
resolva retornar a 60 anos atrás, na economia e na lei. Tomara que não, também.
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